Olhei para os dois lados e vi que não tinha ninguém por perto. Era a minha oportunidade! Respirei fundo, fechei os olhos e subi na balança da farmácia. Eu não me pesava havia sete anos e fiquei chocada com o resultado: 110 kg! Meu Deus, aquilo era o fundo do poço! Não chorei. Fiquei em uma espécie de transe, distante. Aquele número não parava de martelar na minha cabeça. “Chega, esse é o meu limite!”, decidi. Voltei para casa, coloquei meu tênis e mandei uma mensagem para o Nardal, meu marido: “Hoje eu começo a caminhar”. Era quinta-feira, 7 de julho de 2011. O dia em que comecei a renascer.
Perdi a noção e as curvas
Até meus 18 anos, eu tinha um corpão com tudo na medida: coxas grossas, bundão e cinturinha. Era uma moça muito bonita, com 75 kg. Aí, engravidei dos meus gêmeos e a coisa começou a desandar. Para piorar, sempre comi muito mal: lanches, carnes com gordura, doces, salgados… Atolava o pé na jaca mesmo!
Meus filhos nasceram e a rotina de mãe descontrolou ainda mais o meu apetite. Passava dia e noite dentro de casa, cuidando dos pequenos, sem vida própria, descontando tudo na comida. E logo vi o resultado dessa extravagância: fiquei com o corpo sem curvas e fui parar no manequim 52! Tinha que comprar calças em lojas especiais e mandar a costureira fazer minhas blusas. Nessa época, eu andava com uma bermuda jeans para cima e para baixo. Era a única peça que não apertava minhas pernas.
Eu sabia que precisava emagrecer, mas achava impossível sem uma cirurgia bariátrica, que eu não tinha coragem de fazer. Minha única saída, então, era sofrer calada. Evitava sair de casa, passear no shopping, comprar roupas, tirar fotos e comer em público. Ir à praia, então, nem pensar! Tinha verdadeiro horror de ser observada. Por isso, me anulei como mulher. Corpo, cabelo, pele, unhas… Fui me acabando aos poucos. Meu marido nunca reclamou, mas eu sabia que ele se incomodava.
Minha ficha só caiu no ano passado, quando meus filhos chegaram da escola e disseram que um coleguinha havia dito que eu era gorda. Aquilo mexeu demais comigo. Na mesma tarde, tomei coragem para me pesar na farmácia e resolvi que era a hora de virar o jogo!
Sequei 5 kg na primeira semana!
No meu primeiro dia de caminhada, só consegui andar por 20 minutos. Voltei supercansada, mas não desisti! Cheguei em casa e fui direto para o computador. Pesquisei sobre reeducação alimentar e chás que ajudam a emagrecer. Foi assim que descobri meu grande aliado, o chá de capim-santo. Ele é diurético, tira a fome, diminui a ansiedade e acelera o metabolismo. E é uma delícia! Para potencializar o efeito termogênico e anti-inchaço da bebida, acrescentava limão ao meu chá!
Também passei a contar as calorias de todos os alimentos que eu ingeria. E aí cortei açúcar, refrigerante, frituras e parei de beber durante as refeições! Já na primeira semana, senti a diferença: emagreci 5 kg!
Após quatro meses de dieta, e com 25 kg a menos, me matriculei na academia. Assim, consegui deixar meu corpo durinho durante o emagrecimento. O resultado foi muito além do que eu sonhava: sequei 51 kg em dez meses!
Rejuvenesci dez anos!
Hoje me olho no espelho e me pergunto por que demorei tanto para ser essa mulher bonita, saudável e, cá entre nós, maravilhosa! E a admiração vem de todos os lados. Me emocionei quando meus filhos disseram que eu era a mãe mais linda da reunião de pais da escola… E fico derretida quando meu marido me pega no colo e me chama de “magrinha”.
Mas o melhor de tudo é que reencontrei a paixão de viver. Sinto que rejuvenesci uns dez anos! Agora posso usar roupas da moda e abusar das peças curtas e justinhas. Tudo fica perfeito em mim!
Ao longo do meu emagrecimento, fui me desfazendo de todas as roupas largas e feias do meu armário. Só guardei aquela bermuda jeans para ir comparando e me motivando. Hoje ela é o símbolo da minha transformação!
Minha receitinha emagrecedora
Cozinho quatro raminhos de capim-santo em 200 ml de água e bato no liquidificador com um limão inteiro picado (sem a casca) e adoçante. Deixo na geladeira e bebo fresquinho no jantar. É como se fosse uma limonada!
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