quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Obesidade depende de predisposição genética


Obesidade depende de predisposição genética, é o que dizem as pesquisadoras Ariana Ester Fernandes, Clarissa
Tamie Hiwatashi Fujiwara e Maria
Edna de Melo
do Grupo de Obesidade
e Síndrome Metabólica do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo.



O texto publicado na revista da ABESO de dezembro de 2011, explica que para o desenvolvimento da doença não bastam os fatores ambientais.







Genética: Causa Comum de Obesidade



O principal fator responsável pela epidemia de obesidade parece ser a mudança
ambiental que promove excesso de ingestão calórica com disponibilidade abundante de alimentos palatáveis e de baixo custo, e desencoraja atividade física, com as facilidades da vida moderna decorrentes da urbanização das cidades e do avanço tecnológico. Entretanto, para a expressão do fenótipo e o desenvolvimento da doença é necessário o ambiente “obesogênico”, num indivíduo geneticamente predisposto.



A hereditariedade de uma característica fenotípica resulta tanto do número de genes quanto da variação da expressão de cada um dos mesmos. Tradicionalmente, o modelo ideal para a determinação do componente genético é baseado em estudos de gêmeos, já que os gêmeos monozigóticos têm 100% de seus genes em comum e os dizigóticos, em média 50%. Tais estudos sugerem uma hereditariedade de massa corporal entre 40 e 70%, com uma concordância de 0,7-0,9 entre gêmeos monozigóticos, em comparação com 0,35-0,45 entre gêmeos dizigóticos em obesos. Estes valores não diferem significativamente entre gêmeos criados separados e gêmeos criados juntos, e entre gêmeos criados ou não pelos próprios pais.



Com poucas exceções, a obesidade é uma doença complexa e multifatorial. Pesquisas e identificação de variantes genéticas relacionadas à obesidade em grandes populações têm sido desenvolvidas e facilitadas através dos avanços na tecnologia de
genotipagem e de mapeamentos genéticos, a exemplo dos estudos de associação e rastreamento do genoma - Genome Wide Association, GWA - que permitem a varredura de milhares de polimorfismos de nucleotídeo único (Single Nucleotide Polymorphisms, SNPs) em grandes populações.



Clique aqui e leia o texto na íntegra.


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